sexta-feira, 22 de abril de 2011

À governadora Roseana Sarney



Publicado em 22 de abril de 2011 por John Cutrim
Comentário enviado pelo leitor Inácio Augusto de Almeida

Governadora Roseana Sarney:

Pela primeira vez posto um comentário dirigido diretamente à Senhora. Esta greve, pelo que leio nos jornais, já está indo longe demais. É preciso negociar, achar um meio termo. A intransigência é uma má conselheira.

Na Paraíba, José Américo de Almeida, quando governador, foi intransigente numa greve dos professores. Não negociou e os alunos perderam o ano letivo. José Américo, apesar de ter feito o melhor governo que a Paraíba já tinha visto em matéria de estradas, saúde e segurança, NÃO conseguiu se eleger Senador. Naquela época não havia reeleição e ele tentou o Senado. Perdeu para o Rui Carneiro. Até hoje a Paraíba reverencia a memória de José Américo de Almeida como o mais HONESTO político de toda a história da Paraíba. Mas ele teve a sua carreira política interrompida por causa da greve dos professores.

É forçoso reconhecer que o salário dos professores é diminuto. Magistério, Excelência, exige DEDICAÇÃO EXCLUSIVA. Creio que 99% do professorado maranhense se dedica exclusivamente ao ensino.

Negociar, Governadora, ceder um pouco, achar um denominador comum.

A Senhora certamente ainda tem um grande futuro político pela frente. Pense nisto.

Que Deus ilumine a Senhora e os líderes desta greve.

Que Deus, nesta Sexta-Feira Santa proteja todos os estudantes maranhenses.

inacioaugustodealmeida@hotmail.com

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Professores e governo retomam negociação na semana que vem



21 de abril de 2011 às 06:33

Há 51 dias em greve, os professores decidiram na terça-feira (19), durante assembleia realizada no auditório da Fetiema (Canto da Fabril), pela manutenção da paralisação. No mesmo dia, após uma rápida conversa da direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) com o secretário adjunto da Educação, Fernando Silva, ficou acertada outra reunião, na próxima terça-feira (26), para retomada das negociações.

Segundo o secretário de Comunicação do Sinproesemma, Júlio Guterres, aconteceram assembleias nas 18 regionais espalhadas pelo estado e em pelo menos 10 a decisão foi favorável à continuação do movimento. Guterres explicou que nas cidades do interior, como Imperatriz, Balsas, Codó e Bacabal, a adesão é de 80%.

"Em São Luís o movimento continua forte, e hoje, por conta das inúmeras ameaças de transferências, corte de ponto e exoneração, 50% dos trabalhadores continuam no movimento, mas ainda com muita força e disposição de lutar por nossos direitos. Depois da última assembléia, na terça-feira, saímos em passeata até a Seduc com o objetivo de estabelecer um diálogo com o governo para discutir as reivindicações e conseguimos. Haverá uma reunião na próxima segunda-feira, 25, no Palácio dos Leões, e na terça devem ser iniciadas as negociações", declarou.

De acordo com Guterres, a comissão de professores, composta por dirigentes sindicais e líderes do Movimento de Resistência dos Professores (MRP), cobrou do secretário adjunto uma proposta concreta do governo para o pleito dos educadores e a retomada das conversas, sob a alegação de que desde o início da greve o governo não apresentou contrapropostas à pauta reivindicada pelo sindicato.

Os trabalhadores em educação cobraram a aprovação e implantação imediata do Estatuto do Educador, o cumprimento da Lei do Piso e mais 21 reivindicações que proporcionam a valorização dos educadores e melhorias na rede pública estadual de ensino. "Além dos 21 itens da pauta queremos também que o governo garanta o ponto integral, sem cortes, que não haja exonerações nem devoluções de trabalhadores e que o assédio moral por parte de diretores acabe. Durante todo o movimento, houve impedimento do acesso de dirigentes sindicais e educadores em greve às escolas", disse ele.

A partir da próxima segunda-feira (25), a categoria se concentrará na Praça Deodoro, de onde divulgará informações à sociedade sobre os motivos da greve e definirá os novos passos do movimento.

(Jully Camilo)

A Tropa de Choque da governadora


Published 20/04/2011 | By Leandro Sousa
Do SINPROESEMMA
O Governo do Estado, desde o início da greve dos educadores, tenta, a todo custo, enfraquecer o movimento grevista, numa demonstração de autoritarismo que só se viu em momentos de exceção – atos de tanta brutalidade e repressão, só na Ditadura Militar. Em quase 50 dias de greve, nunca fomos recebidos pelo governo para discutirmos nosso pleito. Não houve uma sinalização de qualquer membro desse governo autoritário, que quando se manifestou, foi para pedir o fim da greve e constranger os trabalhadores.

Percebendo a repercussão negativa que pode gerar com o desgaste do seu governo, se a greve durar por mais tempo, a governadora mobilizou todo seu pessoal, do alto escalão, e mais o deputado Roberto Costa para acabar, a qualquer custo, com a greve justa e legal dos trabalhadores da educação. Como instrumento, usa os veículos de mídia do estado, a maioria nas mãos de sua família e de seus aliados políticos.

Os caciques do governo estão se lixando para educação do Maranhão. A história é fiel. A revolução pregada na campanha eleitoral de Roseana é fantasia, engodo, falácia da governadora, que não recebeu o sindicato para negociar, em nenhum momento da greve, e ainda se fez de desentendida, durante todo esse tempo.

Para o governo, é melhor desmoralizar a categoria, porque fica mais fácil para eles sucatearem a educação e, ao mesmo tempo, manter os trabalhadores sob braço de ferro, pois podem perder a esperança no seu sindicato e ficar com trauma de qualquer greve. No discurso deles, “o mal tem que ser cortado pela raiz”, ou seja, no começo do governo. Fazem isso como demonstração de força e para evitar dar fôlego ao sindicato, que pode manter o governo Roseana, sob sua mira e vigilância constante, como foi nos governos Zé Reinaldo e Jackson Lago.

Todos os itens da pauta de reivindicação dos educadores são de conhecimento da governadora Roseana, porque o governo é o mesmo há 50 anos. As pessoas são as mesmas no comando do Estado e os métodos de autoritarismo também são os mesmos. O Estatuto que queremos aprovar, com a lei do piso, é o mesmo que nunca foi cumprido pela Roseana. As progressões, titulações, e promoções são as mesmas, garantidas em Lei, mas que a governadora Roseana nunca concedeu, de forma automática, aos trabalhadores.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Sindicato Força Reunião com Olga Simão em Imperatriz

Hoje dia 20 de abril de 2011, os professores estiveram na Praça da Cultura em mais um movimento de greve e houve o seguinte postado por Carlos Hermes:

A Secretária de Educação do Estado Olga Simões pousou "secretamente" em Imperatriz nesta quarta-feira a noite, engana-se quem acha que veio tratar de algum assunto ligado à educação estadual ou à greve dos professores, na verdade seu plano era passar despercebida pelos grevistas e participar, na manhã de hoje, de uma reunião com representantes da empresa Suzano.
O plano falhou, o sindicato descobriu a agenda e preparou rapidamente um ato público para frente da Academia Imperatrizense de Letras onde ocorreria a reunião de "negócios". Mesmo com todo o aparato militar à serviço da repressão estadual, o movimento fez barulho, atrapalhou o evento e forçou o diretor regional de educação Agostinho Noleto sair do ambiente fechado e convidar uma comissão de educadores para falar com a Secretária acompanhada do próprio Noleto, da professora Wilma, gestora de educação e de um representante fardado da escola miliatar.

Liderada pelo representante regional do Simproesemma professor Wilas, a comissão formada ainda pelo professores Carlos Hermes, Carlos Henrique e David Souza e as professoras Silvana e Rosyjane denunciou o despotismo do diretor regional que ao invés do diálogo trata de ameaças, desrespeito público e terrorismo com os educadores grevista e reafirmaram a indisposição da categoria em aceitar ser dirigida pelos atuais gestores.
A Secretária foi questionada ainda a respeito da aprovação do estatuto, Lei do Piso, concurso para vigias, zeladores e merendeiras e nomeação dos excedentes do último concurso.
Na sua fala Olga Simões de forma sutil reafirmou as duras posições do Estado dizendo agir em nome da lei, falou sobre sua reunião em Brasília onde tratou com o ministro de Educação sobre a implantação da Lei do Piso, reiterou que o Estado tem nomeado os excedentes e que vai continuar fazendo de acordo com as adequações de cada região, lembrou que o concurso de 2009 foi prorrogado para fevereiro de 2012 e colocou como dificuldade para novas nomeações o fato de que em algumas cidades onde há excedentes não há a necessidade de professor na mesma proporção enquanto que em outras acontece o contrário.

Para além disso deixou implícito uma certa conivência com as atitudes ditadoras do gestor regional e deu a entender que na reunião do dia 26 é que se decidirá sobre a pauta de reivindicações. Ou seja, ficou claro que a luta deve continuar em rítmo cada vez mais forte, caso contrário vai querer levar o sindicato no papo.












terça-feira, 19 de abril de 2011

Seduc recebe educadores e sinaliza com a possibilidade de retomar negociações



Data de Publicação: 19 de abril de 2011 às 22:47


Um primeiro sinal de possível retomada de negociação entre o governo do Estado e os trabalhadores da educação, em greve há 50 dias, foi dado, nesta terça-feira (19), em uma rápida reunião entre uma comissão de educadores e gestores da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), da qual os educadores saíram com o indicativo de uma outra reunião, na próxima terça-feira (26), para discutir os pleitos da categoria.


A comissão foi recebida pelo secretário adjunto de Estado de Educação, Fernando Silva, acompanhado de duas assessoras, depois que os trabalhadores de São Luís aprovaram a manutenção da greve, em assembleia realizada no auditório da Fetiema, de onde saíram em passeata até o prédio da Seduc, com o objetivo de estabelecer um diálogo com o governo para discutir as reivindicações, pelas quais os educadores estão em greve, em São Luís e no interior do estado.



A comissão, composta por dirigentes sindicais e líderes do Movimento de Resistência dos Professores (MRP), foi liderada pelo professor Júlio Pinheiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA).



Depois de expor, mais uma vez os motivos que levaram a categoria à greve, Júlio Pinheiro cobrou do secretário uma proposta concreta do governo para o pleito dos educadores e a retomada das negociações com o governo, haja vista que desde o início da greve, o governo não apresentou proposta para a pauta reivindicada pelo sindicato. Os trabalhadores cobram a aprovação e implantação imediata do Estatuto do Educador,o cumprimento da Lei do Piso e mais 21 reivindicações que proporcionam a valorização dos educadores e melhorias na rede pública estadual de ensino.

Outros integrantes da comissão também reforçaram a cobrança do presidente e manifestaram o a revolta e insatisfação da categoria diante das medidas que o governo vem adotando para tentar acabar com o movimento grevista, que eles consideram “ditatoriais”, como os cortes de ponto, as ameaças de exoneração e devoluções de trabalhadores, o impedimento do acesso de dirigentes sindicais e educadores em greve às escolas e os ataques constantes na mídia que incentivam o confronto entre trabalhadores, estudantes e pais de alunos.

Além disso, a comissão também solicitou que fosse incluída na pauta de negociações com o governo a questão do corte de ponto e os descontos nos salários dos educadores em greve, para que seja possível a reposição das aulas, sem prejuízos aos alunos.

Todas as solicitações feitas pela comissão foram relacionadas pelo secretário, que argumentou a impossibilidade de dar uma resposta imediata à comissão, por conta de “limitação orçamentária”, mas prometeu aos educadores uma resposta breve para confirmar o indicativo de reunião, até a próxima segunda-feira (25), depois que as solicitações forem discutidas internamente pela equipe do governo e encaminhadas à governadora Roseana Sarney. O secretário também disse que irá aguardar o retorno da secretária Olga Simão, que participa de reuniões em Brasília, sobre o piso salarial dos professores.

O presidente do sindicato, Júlio Pinheiro, levou o resultado da reunião à categoria, que aguardava em frente à Seduc. Os trabalhadores avaliaram positivamente o indicativo de uma reunião para tratar sobre a pauta e, mais uma vez, ratificaram o fortalecimento do movimento com novas atividades. Após o feriado da Semana Santa, os profissionais de educação voltam a se reunir, na manhã da próxima segunda-feira (25), na Praça Deodoro, onde ficarão concentrados, levando informações à sociedade sobre os motivos da greve e definindo novos passos para o movimento.
Imagens da assembleia regional de São Luís e da caminhada até a Seduc:





segunda-feira, 18 de abril de 2011

O Prolongamento da Greve do Professores

O prolongamento da greve dos professores, a perda das aulas por parte dos alunos, os transtornos na educação, são obras de exclusiva responsabilidade da governadora Roseana Sarney. Foi ela quem, alguns meses atrás, prometeu em horário eleitoral, cumprir o estatuto do magistério e fazer uma verdadeira "revolução na educação", no que seria o "melhor governo da sua vida".

Essa promessa, assim como a dos "72 hospitais", foram embora junto com seu criador, o Duda Mendonça, após apertada vitória nas urnas. Depois de atrair e enganar o PT com a Secretaria de Educação, Roseana Sarney resolveu colocar sua "secretária particular" para cuidar da pasta e o resultado é esse caos que o estado e o Brasil assistem estarrecidos.

Como se não bastassem a miséria e a pobreza atávica do Maranhão, em grande parte de responsabilidade da própria família da atual governadora, Roseana Sarney ainda pretende destruir talvez a única possibilidade de ascensão social das camadas mais carentes da população.

Mas para nossa governadora tanto faz! Nunca se preocupou com dinheiro, emprego, estudos... Sempre teve tudo na mão, dado pelo pai, herdado da família. Roseana Sarney é uma governadora ausente, insensível, fria, capaz de cavar ainda mais fundo o poço em que meteu o Maranhão.

Não duvido que a governadora Roseana Sarney esteja fazendo "o melhor governo da vida" dela e de seus aliados. Mas para alunos, professores, pais, enfim, para o povo maranhense, é mais um governo entre tantos outros da oligarquia mandonista em nosso estado.

Por tudo isso, a greve e as consequências que dela advirem, são de total responsabilidade da governadora do estado Roseana Sarney.

Postado por Cristiano Capovilla, dia 18 de abril.
(http://pneuma-apeiron.blogspot.com/)