quinta-feira, 21 de abril de 2011

Professores e governo retomam negociação na semana que vem



21 de abril de 2011 às 06:33

Há 51 dias em greve, os professores decidiram na terça-feira (19), durante assembleia realizada no auditório da Fetiema (Canto da Fabril), pela manutenção da paralisação. No mesmo dia, após uma rápida conversa da direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) com o secretário adjunto da Educação, Fernando Silva, ficou acertada outra reunião, na próxima terça-feira (26), para retomada das negociações.

Segundo o secretário de Comunicação do Sinproesemma, Júlio Guterres, aconteceram assembleias nas 18 regionais espalhadas pelo estado e em pelo menos 10 a decisão foi favorável à continuação do movimento. Guterres explicou que nas cidades do interior, como Imperatriz, Balsas, Codó e Bacabal, a adesão é de 80%.

"Em São Luís o movimento continua forte, e hoje, por conta das inúmeras ameaças de transferências, corte de ponto e exoneração, 50% dos trabalhadores continuam no movimento, mas ainda com muita força e disposição de lutar por nossos direitos. Depois da última assembléia, na terça-feira, saímos em passeata até a Seduc com o objetivo de estabelecer um diálogo com o governo para discutir as reivindicações e conseguimos. Haverá uma reunião na próxima segunda-feira, 25, no Palácio dos Leões, e na terça devem ser iniciadas as negociações", declarou.

De acordo com Guterres, a comissão de professores, composta por dirigentes sindicais e líderes do Movimento de Resistência dos Professores (MRP), cobrou do secretário adjunto uma proposta concreta do governo para o pleito dos educadores e a retomada das conversas, sob a alegação de que desde o início da greve o governo não apresentou contrapropostas à pauta reivindicada pelo sindicato.

Os trabalhadores em educação cobraram a aprovação e implantação imediata do Estatuto do Educador, o cumprimento da Lei do Piso e mais 21 reivindicações que proporcionam a valorização dos educadores e melhorias na rede pública estadual de ensino. "Além dos 21 itens da pauta queremos também que o governo garanta o ponto integral, sem cortes, que não haja exonerações nem devoluções de trabalhadores e que o assédio moral por parte de diretores acabe. Durante todo o movimento, houve impedimento do acesso de dirigentes sindicais e educadores em greve às escolas", disse ele.

A partir da próxima segunda-feira (25), a categoria se concentrará na Praça Deodoro, de onde divulgará informações à sociedade sobre os motivos da greve e definirá os novos passos do movimento.

(Jully Camilo)

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