quinta-feira, 21 de abril de 2011

A Tropa de Choque da governadora


Published 20/04/2011 | By Leandro Sousa
Do SINPROESEMMA
O Governo do Estado, desde o início da greve dos educadores, tenta, a todo custo, enfraquecer o movimento grevista, numa demonstração de autoritarismo que só se viu em momentos de exceção – atos de tanta brutalidade e repressão, só na Ditadura Militar. Em quase 50 dias de greve, nunca fomos recebidos pelo governo para discutirmos nosso pleito. Não houve uma sinalização de qualquer membro desse governo autoritário, que quando se manifestou, foi para pedir o fim da greve e constranger os trabalhadores.

Percebendo a repercussão negativa que pode gerar com o desgaste do seu governo, se a greve durar por mais tempo, a governadora mobilizou todo seu pessoal, do alto escalão, e mais o deputado Roberto Costa para acabar, a qualquer custo, com a greve justa e legal dos trabalhadores da educação. Como instrumento, usa os veículos de mídia do estado, a maioria nas mãos de sua família e de seus aliados políticos.

Os caciques do governo estão se lixando para educação do Maranhão. A história é fiel. A revolução pregada na campanha eleitoral de Roseana é fantasia, engodo, falácia da governadora, que não recebeu o sindicato para negociar, em nenhum momento da greve, e ainda se fez de desentendida, durante todo esse tempo.

Para o governo, é melhor desmoralizar a categoria, porque fica mais fácil para eles sucatearem a educação e, ao mesmo tempo, manter os trabalhadores sob braço de ferro, pois podem perder a esperança no seu sindicato e ficar com trauma de qualquer greve. No discurso deles, “o mal tem que ser cortado pela raiz”, ou seja, no começo do governo. Fazem isso como demonstração de força e para evitar dar fôlego ao sindicato, que pode manter o governo Roseana, sob sua mira e vigilância constante, como foi nos governos Zé Reinaldo e Jackson Lago.

Todos os itens da pauta de reivindicação dos educadores são de conhecimento da governadora Roseana, porque o governo é o mesmo há 50 anos. As pessoas são as mesmas no comando do Estado e os métodos de autoritarismo também são os mesmos. O Estatuto que queremos aprovar, com a lei do piso, é o mesmo que nunca foi cumprido pela Roseana. As progressões, titulações, e promoções são as mesmas, garantidas em Lei, mas que a governadora Roseana nunca concedeu, de forma automática, aos trabalhadores.

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