Publicado em 14/mai/2013
A greve dos trabalhadores da rede estadual de educação continua e ainda não há acordo que favoreça o fim do movimento. Foi essa a avaliação da direção do Sinproesemma feita na noite desta terça-feira (14), após o encerramento da reunião com o governo para tratar de acertos legais relativos a pagamentos da dívida do Estado com a categoria.
“Houve um elemento surpresa apresentado pelo governo que deve estender a negociação”, explica o presidente do Sinproesemma Júlio Pinheiro, informando que o governo quer transformar o reajuste de 4% em percentual de URV. “É uma casca de banana que estava contida na proposta do estatuto e com a qual não concordamos, pois a URV não pode ser moeda de troca e nem pode estar contida em negociação de estatuto, porque é um direito líquido e certo. Deixamos isso bem claro na reunião”, ressalta Pinheiro.
De acordo com explicações do presidente, a proposta do governo é fazer o reajuste de 7,97% nos salários das primeiras classes da tabela (1ª e 2ª) e deixar a classe 4 (a 3ª na nova estrutura) sem reajuste, que estaria sendo substituído pela URV. A direção do sindicato considerou a intenção do governo um “absurdo inaceitável”.
Diante do impasse, a negociação foi suspensa até a tarde desta quarta-feira (15), quando deverá acontecer mais uma discussão entre governo e sindicato.
Reducão da jornada
A posição do governo em retirar a redução da jornada dos professores com mais de 50 anos e mais de 20 de serviço na rede também foi duramente questionada pelo sindicato. O tema também deve voltar a ser discutido na próxima negociação.Avanços
Quanto à proposta de pagamento das progressões, promoções e titulações, foi elaborado um acordo que será incluso nos autos do processo que cobra esses direitos dos educadores, que são negados pelo Estado há quase 20 anos, quando foi aprovado o primeiro estatuto da categoria.
O governo concordou em assinar o acordo que define, inclusive, datas para o pagamento da dívida, sendo o mês de agosto de 2013 a data marcada para pagamento das promoções e titulações e o escalonamento das progressões para os anos de 2014, 2015 e 2016, favorecendo, inicialmente, os professores que estão aptos à aposentadoria.
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