Data de Publicação: 15 de setembro de 2011 às 20:38
Em reunião realizada no final da tarde desta quinta-feira, 15, na vice-governadoria, o governo do Estado sinalizou com a garantia de pagar o piso salarial nacional, a partir de 1º de outubro, para todos os professores da rede estadual de ensino que recebem salários atuais abaixo do piso previsto em Lei, atualmente no valor de R$ 1.187,00.
Pela proposta do governo, até a 15ª referência da tabela salarial dos professores, será aplicado o piso, mantendo as diferenças entre as referências, cujo percentual não foi detalhado pelo governo. Quanto às demais faixas salariais, da 16ª até 25º referência, o governo garantiu que haverá reajuste, também em outubro, mas também não adiantou o percentual que será aplicado neste momento imediato, comprometendo-se em apresentar a proposta formalizada em tabela salarial na próxima segunda-feira, 19, em mais uma rodada de negociação com a categoria.
Participaram da reunião, representando o governo, o secretário de Estado de Educação, João Bernardo Bringel, e diretores da Secretaria de Estado de Educação (Seduc); e representando os educadores, participaram da mesa o presidente do SINPROESEMMA, Júlio Pinheiro, e vários diretores do sindicato.
Embora não tenha apresentado ainda a proposta formalizada, o presidente do sindicato, Júlio Pinheiro, acredita que o governo finalmente compreendeu o sentido da proposta do sindicato de que o piso salarial determinado legalmente deve ser respeitado pelo governo.
O secretário manifestou, mais uma vez, a intenção de incorporação da Gratificação de Atividade de Magistério (GAM) nos salários dos professores, mas já adiantou que não será incorporado 100% e que o percentual de incorporação ainda será avaliado pelo governo, que deve ser apresentado também nesta proposta formalizada na próxima segunda-feira. O secretário explicou que os cálculos estão sendo feitos e que ainda serão discutidos com a governadora, antes de apresentá-los aos trabalhadores.
Bernardo Bringel manifestou também a preocupação do governo com o impacto financeiro que a proposta do sindicato, de aplicação do reajuste do piso, acarretaria no orçamento do Estado. Pelos cálculos do secretário, o impacto seria em torno de R$ 340 milhões, com um percentual de reajuste de 38,80%. Por isso, “o governo não pode cumprir com o pagamento do reajuste total para todos os professores em outubro”, enfatiza o secretário.
“O importante é que o governo apresente a proposta formalizada, de pagamento imediato em outubro, de um percentual significativo, haja vista a defasagem salarial, e diga como pretende, em menor tempo possível, pagar o restante para chegar ao reajuste legal do piso nas referências salariais acima da 15ª”, explica Júlio Pinheiro.
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